Diversidade

Já se passaram 13 anos desde que os “Nativus” se apresentavam em Brasília e vendiam discos independentes. Ao assinarem contrato com a gravadora EMI, tiveram que mudar de nome e se preparar para mostrar seu reggae ao Brasil inteiro. O Natiruts acaba de lançar seu nono álbum que, para a surpresa de muitos fãs, tem até uma participação da cantora Cláudia Leitte.

Em entrevista ao site da MTV, Alexandre Cruz, o vocalista do grupo, explicou o título do novo trabalho da banda: “raçaman é o ser humano que, independente de sua religião, cor, idade, sexo, está sobrevivendo às adversidades, mas também vivendo as coisas boas desse nosso mundo imperfeito”. O que prevalece nas músicas, é claro, são as mensagens politizadas sobre a vida, a paz e a liberdade.

Todo o processo de produção de Raçaman foi registrado, o que renderá, para o fim deste ano, uma espécie de DVD documentário. O objetivo também é mostrar como o grupo deixou o cenário independente para fazer parte do primeiro time da música nacional e tornar seu “reggae roots” respeitado em meio às tantas bandas que seguem ritmos parecidos.

Sobre a participação de Cláudia Leitte na novidade, Alexandre conta que o primeiro convite surgiu por parte da artista, que chamou o Natiruts para subir em seu trio elétrico no Carnaval de Salvador de 2008. Depois de perceber que rolava uma “química musical” entre eles, Cruz resolveu convidá-la para gravar “Sorri, Sou Rei”, que ganhou maior emoção na voz da cantora.

Se o novo CD fará o mesmo sucesso de “Natiruts Reggae Power”, que caiu no gosto popular, Alexandre ainda não pode afirmar. O que ele garante é que está satisfeito com o resultado do trabalho do grupo, que fez seu som sem se preocupar com os saudosistas do antigo reggae ou aqueles que adoram uma novidade. “O importante é que fizemos a nossa vontade”, ele finaliza.